Decoreba Colorida

Quem conhece o Google Chrome percebe que o logotipo dele é uma mistura de pokébola, logo do Windows e... Genius, aquele game de memória supercolorido ícone dos anos 80.

Pois o pessoal do Román Cortés resolveu unir o útil ao agradável e criou um joguete em Flash misturando o logo do Chrome e o clássico game. Logo abaixo dá para se divertir um pouco.

Quebrando os tubos

O vídeo da Nintendo de Wario Land - Shake It!
(2008) mostra como existem maneiras muito criativas de aparecer no YouTube. Para conferir essa pérola, clique aqui.

Earthworm Jim

Invertebrados sabem atirar
Metade da década de 90. Durante a batalha dos 16 bits, protagonizada por Sega e Nintendo e pelos dois mascotes mais carismáticos da indústria, criar um game de plataforma sem encanadores ou porcos-espinhos parecia um convite ao fracasso. Era preciso ser diferente. Earthworm Jim (1994) conseguiu.

O título da Shiny Entertainment traz um dos protagonistas mais surreais da história - a minhoca (earthworm, em inglês) Jim vivia pacificamente, fazendo coisas típicas de um anelídeo, como fugir de corvos e remoer terra. Entre um buraco e outro, o protagonista encontra a ultra-high-tech-indestructible-super-space-cyber-suit, um macacão oriundo do espaço roubado e perdido pelo vilão Psy Crow.

Dentro da roupa esquisita, Jim sofre mutações, ganha massa muscular, braços, pernas, uma pistola e até uma cueca samba-canção de bolinhas (que sempre desaba durante a apresentação). Jim é agora herói de uma aventura espacial, e dele depende a saúde de princesas e galáxias.

Gráficos

Uma das coisas que chamam a atenção em Earthworm Jim é o tamanho do protagonista. Ao contrário dos pequeninos co-espécimes de Worms (1994), o mais novo herói do cosmos ocupa generoso espaço na tela. A amplitude do sprite de Jim permite ao jogador visualisar detalhes da roupa, arma e braços (?).

O design das fases é uma surpresa. Assim como em Bugs Bunny (1996), você não vai encontrar duas fases parecidas. Jim passa por fazendas, cidades, pelo inferno e até por uma corrida de motocas futuristas em falso 3D. O design do protagonista também é único - segue o estilo cool e irreverente consolidado por Sonic (1991), mas com doses maiores de humor.

Som

Assim como a miscelânea de estágios, o mix de músicas chama a atenção. Earthworm Jim foge dos beeps sintetizados e genéricos e flerta com vários gêneros musicais. Escuta-se rock, jazz, country e há até um flerte com a música erudita.

Os efeitos sonoros fazem a parte deles, mas de maneira mais genérica. O som das armas, movimentos e inimigos não chega a impressionar, mas também não atrapalha.

Jogabilidade

Infelizmente é o aspecto mais problemático do game. É difícil entrar no ritmo quebrado do jogo. A movimentação entre declives e aclives é de uma fluidez ímpar, mas quando Jim tira os pés do chão ou dá de cara com um inimigo os problemas começam.

O tamanho de Jim na tela e a velocidade de deslocamento tem um preço: os inimigos surgem muito rápido. Em várias ocasiões você tem meio segundo ou menos para pular ou fugir, pois o ataque, como é normal, tem algum delay. Resultado: as passadas largas precisam ser balanceadas com pausas esporádicas, a não ser que o jogador decore a fase por completo.

Outro problema é a ausência de dicas do game em determinadas situações. Não é divertido descobrir depois de vários minutos que é necessário atirar numa alavanca quase invisível na metade da fase para prosseguir. Esse defeito atinge até a tela de continue - ao apertar pra esquerda meio que sem querer, acabei voltando para o início... sem o jogo pedir confirmação.

Conclusão

Earthworm Jim cumpre o seu papel ao ser um divertido game de plataforma fora de Mushroom Kingdom e Green Hil Zone. É hilário catapultar vacas, enfrentar eletrodomésticos enfurecidos ou usar a cabeça do anelídeo como chicote.

O bom humor do game felizmente oculta os probleminhas já citados. Tanto é que pelo menos três novas versões da série foram lançadas, e uma quarta está sendo preparada para estrear no Xbox 360. Que novas piadas inventarão?

Incidente

O pessoal do Sedentário e Hiperativo mostra o que aconteceu quando Mario visitou Nova York...

Aumente sua cobra

Qual game figura em milhares de chaveiros, celulares e minigames 9999 em 1 de camelô? Tudo bem, Tetris é a melhor resposta. Mas Snake ostenta um honroso segundo lugar. 
Criado na década de 70 por um americano maroto (ao contrário do soviético Tetris), o desafio de fazer a serpente engolir blocos para ficar cada vez maior foi portado para os mais diferentes sistemas e mantém a popularidade até hoje. O Google sabe disso, então inseriu o game no Gmail.

É preciso alguns ajustes para jogar. Primeiro clique em Configurações > Geral > Idioma e deixe a página em inglês. Na mesma tela, ative os atalhos do teclado. Salve. Aí entre em Settings > Labs e ative a opção Old Snakey. Após tudo isso, basta voltar à página principal e teclar Shift + &. Ufa.

O game é basicão. A barra de espaço inicia a jogatina. Setas direcionais controlam a serpente. Difícil é manter o controle. A bichona ganha velocidade rapidamente. Uma pena que não há upgrades ou fases extras, tornando Old Snakey deveras simplista e enjoativo.

Dueling Analogs

A paródia da Santa Ceia é uma das tirinhas mais conhecidas da web. A cena sacra mostra Jesus e seus apóstolos ao lado de uma jogatina de Contra, indicando o famoso código de vidas bônus. Ela foi uma das responsáveis pela ascenção do Dueling Analogs, página tocada desde 2005 pelo quadrinista Steve Napierski. Eclético, Napierski menciona dezenas de franquias em suas piadas, que necessitam de algum conhecimento nerd prévio.

Istrit Faíter

Como se chama o projétil mais famoso do mundo dos games, lançado por Ryu ou Ken com o comando baixo, baixo-frente, frente, soco?

Quem respondeu raduquen, errou. A pronúncia correta é aduguen. Mas não se envergonhe - pelos menos você não fez tão feio quanto as pessoas citadas pela Desciclopédia. Logo abaixo, algumas pronúncias bizarras dos golpes especiais de Street Fighter 2.

Hadouken - Anuvem, Hamburguer, Baduquem.

Shoryuken - Holywood, Oriugen, Roliúque.

Tatsumaki Senpuu Kyaku - Sou Pai do Freddy Krueger, Téc Téc Túguem, Tatatarugue, Ataque Tartaruga, Ataque da suruba.

Dosukoi - Cuzcu, Bom Fight.

Sonic Boom - Alex Full, Alex Boom, Manék Fú.

Tiger Uppercut - Tiger Robocop, Kaiser no Meu Copo.

Yoga Fire - Macumba Vai, Guda Faier.

Yoga Flame - Macumba Vem, Rodar Flame.

Bons tempos de fliperama.

Tio, Dá o X-Punch-Super-Combo

Direto do Laerte.

Professor Layton and the Curious Village

Quebre a cuca com um dos melhores "brain games" já lançados
A ênfase dada pela Nintendo aos jogadores que nunca seguraram um controle de videogame gerou uma série de jogos curiosos e até colaborou com o surgimento, já consolidado, de um novo subgênero de puzzle: os brain exercisers. Brain Age: Train Your Brain in Minutes a Day (2005), de Nintendo DS, é o representante mais conhecido desse novo estilo, que preza pela simplicidade e ascendente curva de dificuldade.

Diante da revoada de títulos de má qualidade e repetitivos, é difícil encontrar algo que se destaque nas prateleiras e ainda por cima seja atrativo para quem tem já possui intimidade com o joystick (opa!). Professor Layton and the Curious Village (2005) é um feliz representante do gênero, capaz de atrair os dois públicos.

O nome extenso esconde algo do enredo: o professor do título é contatado pela família Reinhold para encontrar a Golden Apple, tesouro do falecido patriarca Baron. Layton conta apenas com a ajuda de sua perspicácia e do seu assistente Luke para resolver os puzzles que aparecem pelo caminho. 120 deles, para ser mais exato.

Gráficos

É difícil não gostar da arte do game. As texturas e sprites são bem trabalhados e nada aparenta estar fora do lugar, ou mais exatamente em alguma cidadezinha bucólica da década de 20. Boinas, bengalas e fachadas climatizam a jogatina e o charme dos desenhos conquistam de vez o jogador. O cuidado com a ambientação fica explicíto ao solucionar o puzzle do relógio digital (à esquerda). Os produtores evitam colocar os protagonistas na tela de puzzle, ao contrário do que acontece na maior parte dos outros quebra-cabeças.

Existem algumas poucas (e bonitas) CGs durante o game, mas a maior parte da sua estadia em St. Mystery (o nome da tal vila) é representada por sprites e backgrounds pré-determinados. Os locais são belos e trabalhados, apesar do jogador correr o risco de cansar-se com os ângulos fixos e a necessidade de visitar locais já conhecidos.

Som

Não dá para inventar moda em um game que exige concentração freqüente do jogador. A música, assim como os efeitos sonoros, são medianos e repetitivos. Poucos puzzles se salvam de uma melancólica musiquinha de fundo. Mas não pense em pôr os seus mp3s em ação - dificilmente você vai conseguir resolver os puzzles escutando vocalistas de Rock esgoelando-se.

Para não parecer tão rigoroso nesse quesito, posso dizer que as vozes dos protagonistas são bem bacanas. Os dubladores foram escolhidos a dedo e a sincronia é perfeita. Uma pena que as falas só podem ser escutadas durante as raras CGs. No resto do game a gente só sabe o que Layton e Luke têm a dizer a partir do velho texto escrito.

Jogabilidade

Professor Layton é um daqueles tradicionais "point 'n click" (aponte e clique) típicos dos computadores escolares e dos jogos em CD que acompanham revistas infantis. Fora a tela sensível, dá pra jogar o game com um par de botões. Porém, isso não quer dizer que o título é infantil ou fácil demais. Os produtores não querem que os botões trabalhem, mas sim o seu cérebro. Passa-se um bom tempo apenas olhando para a tela estática, raciocinando qual das bolas é a mais leve ou qual das peças se encaixa no quebra-cabeça.

Conclusão

Depois de resolver o primeiro puzzle em uma interface amigável, você vai querer saber quais novos desafios o esperam. Charadas manjadas marcam presença (qual a última letra do alfabeto? Não é o "z"), mas a maioria dos mistérios é desafiador e instigante. Só tome cuidado em reservar algumas hint coins (moedas raras encontradas no mapa do game que ajudam a resolver os puzzles) para as brutais questões do capítulo final do jogo.

Professor Layton não é um game produzido para agradar a todo mundo, mas acabou funcionando. A IGN deu nota 8 ao game, ao passo que o Gamespot deferiu um 9. É difícil pensar em largar o mundo dos FPSs e RPGs para abraçar um título tão excêntrico, mas a chance de ser surpreendido positivamente é boa.

Final Secreto de Super Mario Bros

O pessoal do Burger King criou um vídeo bem bacana mostrando o que aconteceu de verdade após a fase 8-4...


Peach meiga é o caramba.

Volta ao Mundo em 5 Cliques

Todo o frisson provocado pelo lançamento do Google Chrome fez a atualização do bom Picasa passar despercebida. O Picasa 3, programa de edição de fotos do Google, conta agora com mais recursos de organização e edição.

Porém, não é necessário baixar o software para brincar com uma das novidades. É o Em que local do mundo, game online que integra Picasa e Google Maps. Clique em Iniciar Jogo para participar.

Cinco fotos aleatórias aparecerão, em seqüência. O desafio é descobrir em que local do mundo as imagens foram clicadas. Não é tão fácil - poucas fotos contam com marcos naturais ou monumentos famosos. Aí vale reparar nos produtos que aparecerem, na fisionomia dos transeuntes e até na própria intuição. Muita gente com roupa colorida? Índia ou Japão. Belos lagos e montanhas geladas ao fundo? Tente a Suíça.

O que você chutaria aqui? Não parece uma bucólica cidadezinha entre Polônia e Alemanha?


Quase. Ucrânia.

Blog Day 2008

Gosto de comprar ovo de Páscoa quando tá tudo rolando no supermercado, baratão. É feio se atrasar nas datas comemorativas, mas dá para consertar depois.


Para o primeiro Blog Day do Décima Arte, vou deixar de lado as amizades e indicar outros cinco bons blogs. Confiram.

EGM Brasil - O blog da maior revista de games do país costuma trazer notícias, entrevistas e fotos exclusivas sobre o mundo dos games.

Oitobits - Blog com temática semelhante à do Décima Arte. "Nostalgia, notícias, resenhas, cultura e o que mais couber nesse mundo de pixels."

Passagem Secreta - O legal desse blog são os scans que os caras fazem das revistas antigas de games. Tem muita coisa boa e exclusiva lá.

Google Discovery - Apesar do nome, o blog também colhe notícias de Yahoo, Microsoft e outras. Mas é claro que o gigante de Mountain View é o centro das atenções.

Lista10 - Uma idéia excelente na web - coletânea de top 10 de todo tipo. Dá para viajar por um bom tempo entre os rankings.