Turma da Mônica e o Xbox 360

Leia a historinha que sacaneia o console da Microsoft.

A má fama referente ao sucessor do Xbox chegou até o bairro do Limoeiro. Xaveco comprou um Xbox 360 (ou melhor, um Xboca) para jogar Guitar Hero (2005) - ou seria Guitarrero? Mas a brincadeira durou pouco - logo surgiu o fatidíco problema das 3 RLs (red lights). Quem conhece o termo sabe que quando aparecem as três luzes vermelhas, pode jogar o console fora. Logo abaixo, algumas screens captadas pelo pessoal do Portal do Xbox. Cliquem para ampliar.
Parabéns ao gênio Maurício de Souza, que não deixa seus personagens envelhecerem. A turminha não brinca só de boneca e pião, e está conectada aos novos tempos. A adoção de expressões modernas como "beijo, me liga" e "chororô" não me deixam mentir. Só resta ao Xaveco aproveitar a galantia.

Konami Code Sites

Encontre easter eggs na web com o Código Konami.

Mais uma do Konami Code. Lembram dele no Google Reader? Pois a sequência de botões mais famosa do mundo dos games parece ter se transformado em uma espécie de meme entre os criadores de sites. Inaugurado no final de abril, o Konami Code Sites já catalogou mais de 40 páginas eletrônicas em que o comando pode ser usado. Por incrível que pareça, até Facebook e Digg contam com esse (ainda) pouco conhecido easter egg. A seguir, algumas screenshots de bizarrices provocadas pelo código.

No Facebook, surgem halos e auras conforme o mouse é acionado.

No Gamespot é aberta uma página com dicas para o game que consagrou o Konami Code.

No Gamepro, pulula um vídeo do programa de televisão da marca, datado de 1991.

No Netlog aparece um dinossauro comendo rosquinha.

Curtiu? Entre no Konami Code Sites para conhecer mais. Ah, claro que é necessário inserir o código...

Sonic Spinball

Dê um giro no vertiginoso subterrâneo da fortaleza de Robotnik.

Todo mundo estava letárgico com a velocidade de Sonic quando a Sega resolveu tirar seu mascote das vastas planícias de Green Hill Zone para colocá-lo em Sonic Spinball (1993). A quem não compreendeu o trocadilho, saiba que spin em inglês significa "rodar" (além de lembrar espinho, ou spine). E é justamente em uma bola espinhosa que Sonic se transforma durante sua mais exótica aventura, enquanto pula de flipper em flipper no único game de pinball da carreira do ouriço.

História

O enredo é maluco, como todo raro game de pinball com personagens consagrados exige: Dr. Robotnik aproveita a energia gerado pelo magma de um vulcão, onde constrói uma base mecânica. Com a ajuda da energia, o vilão ganha o poder de transformar dóceis animais em escravos-robôs.

É claro que Sonic não deixaria por menos. Acompanhado da raposa-mirim Tails, o protagonista investe um ataque aéreo à fortaleza, mas é atingido por um raio disparado pelo vilão. Sonic cai na água e pára nos subterrâneos da base, onde localizam-se as Chaos Emeralds que tornam o vulcão estável. Hora de coletá-las? Ainda não. Robotnik, consciente do risco, construiu o Pinball Defense System. E adivinhe? Durante o game, o mascote quica, bate e rebate nas armadilhas projetadas pelo antagonista em busca das esmeraldas.

Gameplay

Se você é fã dos saudosos pinballs de shopping, entenderá rapidamente as regras de Sonic Spinball. A mais importante delas é - óbvio - não deixar a bola (Sonic) cair. De resto, o design das fases é caprichado o suficiente para  entreter durante algumas horas. Existem muitas alavancas, dispositivos, plataformas e até monstros para interagir.

A Sega conseguiu de maneira interessante adicionar elementos de exploração a um gênero em que isso parecia impossível. Para avançar à próxima fase, Sonic precisa conhecer vários cantos da "máquina de pinball". É preciso frisar, no entanto, que essa exploração torna-se meio cansativa após alguns estágios. Talvez teria sido melhor dinamizar o jogo, tornando-o mais palatável para quem quer se divertir controlando mais os flippers e menos o Sonic.

Aliás, esse é o principal defeito do jogo, a meu ver. A principal série da Sega é conhecida pelo seu caráter despretensioso. Na trilogia original, a maioria das fases pode ser superada apenas segurando para a direita e pressionando o botão de pulo. Sonic Spinball é complexo e - pecado dos pecados - lento demais para um título da franquia. Há clara descaraterização, e não fossem os anéis e robôs espalhados pelo cenário, o jogo poderia ter como nome "Magic Pinball" ou "Cool Pinball". Faria pouca diferença.

Ambiente

Assim que o game começa, uma versão metalizada do tema de Sonic é tocada. Bacana. Mas as referências param por aí: a maior parte das músicas é original. Felizmente elas são de boa qualidade, assim como os efeitos sonoros, bastante diversificados.

Os gráficos são bonitos, e só. Não chegam a dar aquela sensação de "omg, que maravilha da mecatrônica" que vivenciamos ao apostar fichas nas máquinas reais. Sobram efeitos sonoros, mas falta todo aquele neon e luz que acostumou mal os ratos de fliperama. Na verdade, Sonic Spinball é um game desnecessariamente sombrio (ainda que se passe sob a terra).

Conclusão

Se existe uma ovelha negra nos títulos Sonic de Mega Drive, ela é Sonic Spinball. Não é exatamente um game ruim (ok, na verdade é), mas diferente: uma espécie de Super Mario Bros 2 (1986) da concorrência (um bom jogo, aliás). Quem joga tem a embaraçosa sensação de que a Sega usou o nome do ouriço para catapultar as vendas, sem se preocupar com uma ambientação mais caprichada.

A estratégia marqueteira deu errado: Sonic Spinball vendeu pouco e foi criticadíssimo. Afinal, é um fraco jogo de pinball mesclado com um fraco jogo de plataforma. Sequer deixou legado: não passa pela cabeça de ninguém uma sequência ou remake. Justo.