Ande na ponta dos dedos com um dos melhores games de nave da história

F-Zero é até hoje a mais popular série de corrida futurista. As naves turbinadas e o ambiente jetsoniano do século XXVI lembram um pouco Speed Racer (1998) e Star Wars: Episode I Racer (1999). No entanto, ao contrário dos outros dois, F-Zero tem uma história pobre: no ano de 2560 a humanidade explora outras galáxias e comercializa com outros mundos. Em meio a estes cosmos utópico, multimilionários de todo o universo organizam um torneio de naves de corrida. A este campeonato dá-se o nome de F-Zero.
O enredo pouco importa. O game é mais que um jogo - é um conceito. Assim como Super Mario 64 (1996) apresentou o potencial do Nintendo 64 e Wii Sports (2006) inaugurou o show de inovação do último console (e controle) da Nintendo, F-Zero ciceroneou os fãs ao mundo dos 16 bits.
Gráficos
Mode 7 é um chip que acompanha o Super Nintendo e é capaz de rotacionar certos gráficos. No caso de F-Zero, a própria pista (o que não acontece em Top Gear (1992), por exemplo, onde é impossível fazer um 360° com o carro). Essa liberdade de movimentação gerou um dos mais bacanas e impressionantes pseudos 3D da era de ouro.
Com exceção do circuito, todo o restante do game é construído através de sprites pré-renderizados. As naves são detalhadas, mas ocupam pouco espaço na tela, o que engrandece um pouco mais o mundo de F-Zero. Os cenários estão longe do que o Super Nintendo ainda seria capaz de fazer - os backgrounds são esquisitos e as pistas são absolutamente planas.
Som
A música do jogo é decente, e apenas isto. Tudo bem que há ótimas canções, como Death Wind, mas a maior parte é simplesmente mediana.
É visível que a Nintendo se preocupou muito mais com a jogabilidade de F-Zero do que com os outros aspectos técnicos. O ronco dos motores, por exemplo, não remete a máquinas futuristas. Se você escutar alguém jogando F-Zero, pode até pensar que trata-se um game de automobilismo genérico.
Jogabilidade

A velocidade chega aos 350 km/h, mas quando o nitro é acionado (Top Gear, alguém?) os veículos flertam com a casa dos 500 km/h. O melhor é que esse frenetismo não é atrapalhado por slowdowns - é comum a tela ser ocupada por cinco, seis carros sem significar queda no desempenho. Essa é o bônus por usar gráficos simples.
Conclusão

As quinze pistas de F-Zero e seu visual inconfudível ajudaram a catapultar a estréia de um dos consoles mais bem sucedidos da Nintendo e, ao lado de Super Mario World, assinou a declaração de guerra contra o contemporâneo Mega Drive, da Sega.
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